da percepção

é comum surpreendermo-nos quando, ao conversarmos com alguém que nos é mais ou menos próximo, nos damos conta de que a percepção que os outros têm de nós não é muitas vezes a que julgamos projetar. 
eu explico: a F. é minha prima e conhece-me desde sempre. desde miúdas, passávamos juntas os três meses de férias da escola, fomos melhores amigas, confidentes, companheiras de tantas aventuras. ontem, numa conversa que tivemos sobre a vida [a dela, a minha, a vida em geral], ela dizia-me descontraidamente que não me vê a ser mãe. ora isto, vindo de alguém que me conhece tão bem [achava eu] cria uma espécie de mixed feelings, que me deixou a pensar. é que eu sempre sonhei ter [pelo menos] três filhos, porque adoro crianças e porque venho de uma família enorme, onde reina sempre a confusão, a boa disposição e as gargalhadas. eu, que até sou babysitter!
é curioso como a imagem que fazemos de nós próprios consegue ser diametralmente oposta da que projetamos para os outros, consoante os contextos e as relações que estabelecemos com eles. vale o que vale, é certo. 
agora vou rever este vídeo e fazer todos aqueles "ooooooooh", de cabecinha inclinada, que a ternura e a fofice sempre suscitam. :)

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