o copo meio cheio

nos dias mesmo chatos, confesso que não tenho a frieza suficiente para racionalizar aquilo que noutros momentos me parece evidente. como toda a gente, tenho dias complicados no trabalho. e, ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, trabalhar em comunicação social não é todos os dias uma animação. não raras vezes, ouço dizer que trabalhar em imprensa, rádio, televisão ou internet é quase um hobby. bom, será para quem lê, ouve, vê ou navega. não para quem faz. é verdade que a minha profissão tem muito, tanto, de bom. mas não é um mar de rosas. pelo menos não todos os dias. 
de vez em quando tenho momentos de clareza absoluta em que consigo olhar objetivamente para tudo o que de bom a minha profissão me dá. algumas pessoas, em primeiro lugar. e o currículo, tão importante. 
ontem falava com uma pessoa que me dizia estar à procura de alternativas, a enviar currículos para várias empresas. mas, acrescentou, ao dizer onde trabalha, automaticamente os potenciais empregadores torcem o nariz, porque a empresa onde está atualmente não tem muito boas referências na sua área.
felizmente, pensei eu, não me posso queixar do mesmo, porque a minha empresa tem peso no mercado e porque tenho adorado todas as pessoas com quem tenho trabalhado. tenho a sorte de me confiarem essa responsabilidade acrescida de não poder falhar, porque todas elas são grandes nomes desta área. mais do que um currículo, guardo com carinho uma série de mails e opiniões de grande valor [sentimental e profissional], que me acompanharão pela vida fora. e que vou ler sempre nos dias difíceis. 


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