do dinheiro

nos últimos meses, parece que qualquer gasto que não seja essencial (como o supermercado, a gasolina, a farmácia ou o veterinário do gato) traz um peso acrescido à consciência. como se um grilo falante, o das contas cá de casa, dissesse baixinho "mas precisas mesmo disso? tens a certeza que podes gastar?", e fizesse pensar dez vezes antes de despender dinheiro em roupa, livros, filmes ou alguma coisa para a casa [sim, já nem vale a pena pensar em viagens... *suspiro*].
sempre achei que não devíamos ser escravos do nosso trabalho e que o(s) ordenado(s) devia(m) ser suficiente(s) para pagar as contas e poder fazer algumas coisas de que gostasse, fosse um jantar de sushi, uma ida ao cinema, oferecer uma prenda ou comprar uma mala, só porque sim.
esse era o meu entendimento. sabia que nunca seria milionária, mas pelo menos viveria tranquilamente, com as pequenas coisas que o dinheiro compra e que, não sendo essenciais, nos tornam pessoas mais satisfeitas. a crise [já agora, alguém sabe quando é que acaba?] fez-me, a mim e a milhões de pessoas, ter uma postura diferente face ao dinheiro e aos gastos supérfluos, que agora me parecem tão fúteis e desnecessários. mas de que, confesso, sinto falta.
então hoje, cansada deste inverno sem fim e deste espírito derrotista que parece impossível de inverter, contrariei a tendência e gastei. jantei fora e comprei estas peças de roupa que têm primavera escrita em cada centímetro, na esperança de que melhores dias - de sol e positivismo - nos visitem.




Comentários

Monia disse…
Adoro! Que venham os dias de sol para as poderes usar :)
Enjoy the Ride disse…
ai, Pollie, hoje já tivemos um cheirinho a sol... só falta o calor. :)