A Firma

463 páginas e cerca de um mês e meio depois, percebo que não valeu a pena. 
comecei por ver o episódio piloto da série, que me despertou muita curiosidade. pareceu-me uma daquelas séries que facilmente me agarraria ao ecrã, em longas maratonas de fim de semana, em que só parava para comer e dormir. na impossibilidade de a seguir na televisão, e tendo lido boas críticas ao livro, pedi no Natal "A Firma", de John Grisham, e lá estava ele no sapatinho [obrigada, mana!].


para um thriller ou um livro de suspense, a história arranca demasiado tarde, sensivelmente a pouco mais de meio do livro. a vida das personagens contada e recontada até à exaustão, em parágrafos que se seguem, um após outro após outro. no último terço do livro a narrativa parece ganhar interesse... mas fica-se por aí. uma sucessão de acontecimentos meio desconexos, que levam a um final surpreendente e não pelos melhores motivos. as últimas 10 ou 15 páginas conduzem as personagens para um desenlace completamente aberto, sem rumo, sem um mínimo de veracidade. como se o autor tivesse um número de páginas a cumprir e, chegando ao ponto crucial, decidiu despachar e pronto... fim. para um bestseller, ficou muito aquém das minhas expectativas.

não tendo lido mais nada de John Grisham, acredito que possa não ter acertado à primeira. tenho alguma vontade de ver a série, para perceber até que ponto é tão aborrecida como a obra em que se baseou. por agora, vou dedicar-me ao "Nome de Código Leoparda", de Ken Follett (thrillers portanto, não os épicos), que, creio, dificilmente me desiludirá. 

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