dos dias assim

passei grande parte do fim de semana preocupada com uma reunião que teria hoje. passei grande parte do dia ansiosa, porque imaginava que daí resultaria um conflito, sei que ainda não domino bem a arte do auto-controlo e temia perder a razão, dizendo alguma coisa de forma mais brusca.
surpreendentemente, estou desde que a reunião terminou a rir-me sozinha da mediocridade que ficou explícita. temo sempre que em situações de confronto me faltem as palavras e os argumentos, porque me saio melhor a escrever ponderadamente do que a conversar. hoje foi a exceção... ou o começo de um novo ciclo. 
falei pausadamente, contra-argumentando. ouvi mais, para não perder o norte. surpreendi-me com a capacidade que algumas pessoas têm de se focar no acessório, em vez de perceberem que o essencial está no facto de elas próprias serem o problema, sem que dêem conta disso. uma reunião que não acrescentou nada à minha vida. deu-me apenas aquele gozo interior que nos dá ver uma pessoa que se move pela ânsia de poder, que não olha a meios para atingir os fins, ter que se expor, deixando à vista as suas fraquezas e quase pedindo por favor para ter alguma relevância no contexto da empresa.
é triste, se pensarmos bem. mas cada vez mais acredito que colhemos aquilo que semeamos.

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