O Sentido do Amor

nunca tinha ouvido falar deste filme, por isso foi o título e os protagonistas que me levaram a vê-lo. 
Susan (Eva Green) é uma epidemiologista deprimida e desencantada com o amor. quando conhece Michael (Ewan McGregor), um chefe de cozinha que surge na sua vida de forma inusitada, Susan acaba por ceder aos seus encantos e ambos iniciam o que parecia uma bonita história de amor. não fosse o mundo estar a ser atacado por uma estranha pandemia, que ataca os sentidos.
este filme levou-me imediatamente para a fronteira entre outros dois: O ensaio sobre a cegueira (2008) e Contágio (2011). 
Susan e Michael vivem aquilo que é cada vez mais a nossa realidade, uma relação humana que facilmente conseguimos identificar, colada à vida e às expectativas que temos, sem floreados nem aquela aura romântica tão própria dos filmes.
no entanto, nem a potencial história de amor evita a crueza daquilo que é descrito e que me causou bastante desconforto. há o grande conflito latente entre as duas formas de reação à adversidade, ao perigo, à eminência da morte, o que esperar até lá chegar, o não saber como será o futuro [mas alguém sabe?]. a forma como as pessoas se adaptam e seguem em frente ou a revolta interior que se reflete no mundo, usando essa raiva para destruir o pouco que resta. no fundo, a capacidade tão humana de adaptação. sobretudo se o amor for uma condição.


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