das relações e do amor

desde que me lembro que sou uma assídua ouvinte de rádio. não apenas de manhã, enquanto me arranjo, ou quando ando de carro, mas também em casa. prefiro sempre a rádio à televisão. 
esta semana, ouvi duas extraordinárias conversas, em dois programas distintos, que me deixaram completamente colada e rendida: uma foi no programa Hotel Babilónia, transmitido pela Antena 1 ao sábado de manhã, com o psiquiatra José Gameiro; outra, o primeiro de uma série de debates, Conversas Sobre a Humanidade, à boleia da exposição 7 Mil Milhões de Outros, patente no Museu da Eletricidade, intitulado Como Fazer o Amor Durar.
não há muito espaço na rádio portuguesa, pública ou comercial, para falar de relações e de amor. acho até que iria mais longe: a sociedade fala pouco de amor porque o amor é cada vez mais descartável. há demasiadas solicitações que a própria tecnologia facilita, para que as pessoas ambicionem ou sequer se esforcem por manter uma relação duradoura, o que é visível também no número cada vez menor de casamentos. 
talvez eu tenha uma visão completamente romântica do amor, enquanto compromisso, enquanto porto de abrigo, enquanto lugar de companheirismo, lealdade, amizade, paixão, cumplicidade, intimidade, entreajuda. e orgulho-me dela. orgulho-me sobretudo de lutar todos os dias, sem nunca desistir, por um amor assim. 
estes dois programas são, além de dois bonitos momentos de rádio, duas conversas que nos ensinam muito. se puderem, ouçam. valem cada segundo.

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