a um clic de distância

o que tem mesmo graça nesta coisa das redes sociais e da tecnologia é que, sempre que vamos a um espetáculo, deixou de existir aquela distância entre artistas e público. há uma dúzia de anos, comprávamos o bilhete, sentávamo-nos a ouvir um bom concerto ou a assistir a uma peça de teatro, e a seguir íamos à nossa vida. hoje, as coisas são realmente diferentes: temos um mundo de informação sobre os artistas, seguimo-los nas redes sociais, comentamos os seus posts, chegamos até eles com a maior facilidade desta vida.
isto para dizer que ontem fui ao espetáculo do Raminhos e, no final, enviei-lhe uma mensagem a dizer que tinha adorado [se puderem, não percam,ainda há bilhetes para as duas sessões de hoje e são duas horas de diversão garantida]; depois trocámos mais duas ou três mensagens sobre a atuação.
o facto de já ter trabalhado com ele, ainda que por um tempo limitado, facilitou o contacto, claro. mas o que fiz com ele, faria com qualquer outro artista, porque acho que devemos aproveitar esta proximidade da melhor forma: elogiar aquilo de que gostamos, eventualmente apontar o que possa ter corrido menos bem, contribuindo para que o trabalho dos outros cresça e melhore. creio que nos ajuda também a desmistificar a aura de pessoas inantigíveis que os artistas sempre têm e a perceber neles uma humildade e uma acessibilidade que por vezes nos surpreendem. 
se é verdade que este mundo globalizado esconde muitos perigos, prefiro sempre olhar para tudo aquilo que de bom nos trouxe. e esta rede de proximidade [seja com a nossa banda favorita ou com os colegas da primária] é certamente um dos pontos muito positivos.

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