ser mãe: sim ou não?

na mesma semana, deparo-me com esta crónica, mais esta crónica e este vídeo. não acredito em coincidências e tenho a terrível mania de achar que o universo nos dá sinais, pistas para a nossa vida - disparate?
estes links surgiram na minha vida numa altura em que questiono muito. em conversa com uma amiga, ela dizia-me há dias uma coisa que me conforta sempre: não sabes o que a vida te reserva. estranhamente, nunca associo esta frase a acontecimentos menos bons; é por isso que me conforta, porque gosto de ser positivamente surpreendida. e saber que a vida o pode fazer, quando menos esperamos, é a melhor sensação do mundo. 

dizia eu que por estes dias questiono muito algumas certezas que tinha como inabaláveis. ser mãe é a principal. ser mãe, um dia, era para mim uma evidência tão natural como respirar. adoro crianças, acho que tenho jeito com elas e elas costumam gostar de mim. nunca houve nenhuma dúvida sobre se queria ou não ser mãe. até agora. não vivo obcecada com isso, mas quem sabe que já passei a barreira dos 30 não se inibe de me perguntar pelo casamento e pelos filhos. creio que é a pressão social a fazer-se sentir e com ela todas as questões associadas: então e se eu não quiser, serei egoísta? e por que razão o meu percurso tem que ser aquele que esperam de mim e não aquele que eu escolher? mas que escolhas quero eu fazer? e estarei a perder tempo com indecisões, que mais tarde me podem limitar as opções? 
não perco o sono a pensar nisto, mas confesso que andar meio perdida não é de todo uma coisa que me agrade. sou, por natureza, uma pessoa de decisões, que sabe o que quer, creio que atenta também ao que a vida me vai dizendo, mas nem sempre consigo interpretar no momento esses sinais tão essenciais ao nosso rumo. 
enfim, enquanto não há uma resposta definitiva para esta pergunta, vou aproveitando o melhor que sei e posso, porque pelo que ouço dizer, os bebés mudam definitiva e irreversivelmente a vida de uma pessoa. :)

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