O Desconhecido do Norte Expresso

nada como um fim de semana longe de Lisboa, com todo o tempo do mundo, para ter tempo e disposição para ler. faltava quase metade do livro, mas bastou um dia e meio para o terminar.
O Desconhecido do Norte Expresso não é um policial comum, de resto a sua autora, Patricia Highsmith, também não o era. basta que recordemos O Talentoso Mr. Ripley, também da sua autoria e imortalizado em filme, para perceber do que se fala.
a história começa num comboio, quando dois desconhecidos se encontram e conversam circunstancialmente sobre as suas vidas. quando se despedem, fica no ar uma uma espécie de acordo implícito, quase imposto por uma das partes, para que ambos cometam um homicídio. há, ao longo de todo o livro, a busca constante pelo equilíbrio entre ambos os lados com que o ser humano tantas vezes se bate: o bom e o seu contrário. há também uma visão do assassino, que luta contra os seus instintos, mas sempre enredado numa teia de culpa da qual não se consegue libertar. a partir daqui... bom, a partir daqui não há muito a contar, porque o enredo torna-se demasiado interessante para desvendar mais. uma boa leitura para férias.

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