às dez da manhã, passei em Algés e já havia algumas dezenas de pessoas estacionadas à porta do Alive, guarda-sóis abertos, cadeirinhas montadas, farnel à disposição. a essa hora, pensei que ainda conseguia estacionar o carro no parque (vai dar jeito logo à noite), mas já não havia um único lugar. apanhei o autocarro para o trabalho e vinha a pensar nesta coisa da crise e de como, chegando a esta altura, os festivais esgotam, os eventos (sejam eles de que natureza forem, gastronómicos ou culturais) estão sempre cheios... e se o nosso país é rico em festa nesta altura do ano. e nesta histeria que é perder um dia (de trabalho, de praia, de qualquer coisa) para estar sentado num lugar onde nada acontece até meio da tarde... só porque sim.
felizmente, tive a sorte de não pagar pelo passe de três dias. e tenho a sorte de ter um emprego, que me dá muito trabalho. mas, mesmo que não tivesse, não gastaria dez minutos do meu tempo a parasitar no centro de Algés - quanto mais um dia inteiro! - à espera de ser a primeira a entrar num festival de música. é nestes momentos que fico dividida entre tentar perceber se aquilo é apenas loucura da juventude ou o espelho de um país, que não augura nada de bom. neste caso, de melhor, que mau já isto anda.
felizmente, tive a sorte de não pagar pelo passe de três dias. e tenho a sorte de ter um emprego, que me dá muito trabalho. mas, mesmo que não tivesse, não gastaria dez minutos do meu tempo a parasitar no centro de Algés - quanto mais um dia inteiro! - à espera de ser a primeira a entrar num festival de música. é nestes momentos que fico dividida entre tentar perceber se aquilo é apenas loucura da juventude ou o espelho de um país, que não augura nada de bom. neste caso, de melhor, que mau já isto anda.
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