weekend mode on

se há semanas que custam a passar, esta está a ser certamente uma delas. há uma espécie de apatia geral, que me impele para o fim de semana a grande velocidade. por estes dias - na verdade, nos últimos tempos -, a oferta é vasta e só mesmo por preguiça não nos arrastamos de casa. nem sequer há a desculpa da chuva ou do frio (qual frio?), por isso toca a aproveitar o tempo da melhor forma.

Carol
é certo e sabido que, com a aproximação aos Óscares, a oferta em cartaz é muita e, curiosamente este ano, com uma qualidade acima da média, parece. Carol estreou hoje e é baseado na obra da escritora Patricia Highsmith, originalmente publicado com o título O Preço do Sal. a história passa-se na década de 50, e relata o romance entre duas mulheres de condição social diferente, unidas pelo amor, numa época e numa sociedade onde o preconceito e a fuga às regras convencionais era condenável (não será ainda hoje?). à figura sensual e deprimida de Carol, que luta pela igualdade e para manter a custódia da filha, contrapõe-se a ingénua e curiosa Therese, a descobrir a sua sexualidade e a encarar o amor como sentido único e unívoco da vida. um filme tão cheio de sensibilidade, subtilezas, que nos fala apenas num olhar ou num gesto. mesmo não sendo candidato a Melhor Filme, eu diria que é imprescindível.
(mais, se se descortinar em Rooney Mara um vislumbre que seja da personagem Lisbeth Salander, da saga Millennium, é pura coincidência)





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Três é Demais
até domingo, ainda é possível ver o espetáculo que reúne António Raminhos, Marco Horácio e Luís Filipe Borges, no Casino Lisboa, pelas 21h30. uma hora e meia de standup, improviso e teatro à mistura. gargalhadas garantidas. os preços rondam os 10€ a 15€ e é para maiores de 16. 

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Madame Petisca
fica na Bica, tem uma vista fantástica e as fotografias deixaram-me com água na boca. mas, já se sabe, dêem-me um brunch, de preferência com panquecas, e sou uma pessoa feliz. se tiver vista de rio, num dia de sol, vale cada euro, com a vantagem de que as crianças (5 a 15 anos) pagam metade. para quem é mais dado ao petisco, o nome diz tudo. é ir e gozar o prato.


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e, já que falámos dela a propósito do filme, por que não (re)descobrir este livro, que é provavelmente um dos mais conhecidos da sua obra? numa esplanada, com o sol de inverno por companhia, e esta banda sonora no ouvido (concerto no CCB a 26 de fevereiro)?

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