Sully

sendo eu uma assumida mariquinhas a andar de avião, e tendo uma viagem marcada para daqui a 3 semanas, talvez a ideia de ter ido ver Sully não tenha sido a mais avisada. apesar de ter ouvido boas críticas, nada me preparou verdadeiramente para o filme.

trailer


primeiro, como é que passaram 7 anos (sete!) desde que o avião amarou no rio Hudson?! para onde é que foi o tempo? depois, podem dizer o que quiserem, inclusive que os americanos adoram uma boa história de patriotismo e de se elevarem a si próprios enquanto nação... mas a verdade é que o feito foi isso mesmo: um ato heróico, não apenas de um piloto experiente, mas de toda uma equipa e de um conjunto de recursos que, em apenas 24 minutos (vinte e quatro!), soube lidar com aquilo que podia ter sido mais uma tragédia envolvendo aviões nos EUA. pergunto-me se Portugal estaria preparado para o mesmo e a resposta é invariavelmente a mesma: nunca. 
mas o filme não é apenas a descrição dos acontecimentos. bom, na verdade é muito mais do que isso: é a história de todas as consequências que este milagre trouxe à vida daquele homem, o Comandante Sullenberger, a ironia e a frieza com que foi tratado pela comissão de inquérito por oposição à população e a forma como lidou com tudo isso. e deixa-nos a pensar no submundo que todas as empresas têm, neste caso, as seguradoras e as companhias aéreas, e que as faz sobrepor sem escrúpulos as perdas ou ganhos financeiros à vida de pessoas, 155 neste voo.
Tom Hanks merece o Óscar de Melhor Ator pela soberba interpretação. Clint Eastwood também, para Melhor Realizador. e isso é dizer quase tudo sobre o melhor filme que vi este ano. 

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