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é difícil imaginar a vida sem música. quase todas as memórias que tenho, boas ou más, têm uma banda sonora. algumas recordações são tão intensas, que não consigo ouvir as músicas sem chorar. outras têm tão pouca relevância, que as canções acabam por se esbater com o tempo e ficar esquecidas. as mais importantes ficam e seguem comigo pela vida fora, mesmo que em determinados momentos não queira ouvi-las ou partilhá-las.
não estarei a exagerar se disser que este ano fui a mais de 150 concertos (ainda assim, menos do que em 2017). e o ano ainda não terminou. mesmo quando não adoro, fico a conhecer coisas novas. ou, quando pesquiso, acabo por encontrar outras de que gosto. tudo isto para dizer que para tudo na minha vida há uma música que se adequa e é geralmente através dela que expresso emoções. por exemplo, se estiver triste, só consigo chorar se ouvir música; no cinema, só há uma lágrima (ou várias) se houver uma banda sonora condizente com o argumento. por estes dias, tenho andado à volta de discos editados em 2018, cheios de melancolia, que é para o que me dá nesta época do ano. sobretudo neste, que foi tão especial [haverá post sobre isso um destes dias].
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