#UmaDuziaDeLivros

2018 foi seguramente o ano em que li menos. de sempre. descontando só os anos em que ainda não sabia ler. :)
quando a Rita lançou o desafio no seu blog, nem pensei duas vezes: foi tão vergonhosa a quantidade de livros que li no ano passado, que um estímulo exterior, uma espécie de compromisso implícito, só poderia ajudar-me a deixar de lado a preguiça e voltar ao meu ritmo normal de leituras. funciono muito melhor assim, por estímulos. ou por competição saudável ou pelo não-és-capaz [infantil? pois, talvez].
à semelhança de tantas pessoas, compro mais livros do que aqueles que consigo ler. os dias continuam a ter só 24 horas e é preciso trabalhar e deixar a vida acontecer. mas é verdade que arranjamos sempre tempo para aquilo que queremos e, se antes eu conseguia, não há razão para não o fazer de novo. então, independentemente de todos os bocadinhos que tenha para pegar no livro, voltei a ler diariamente antes de ir dormir, que é um hábito muito saudável, que fui perdendo por causa das séries e das saídas constantes. por muito sono que tenha ou por muito tarde que chegue, não apago a luz sem ler um bocadinho. há dias em que só leio uma página, outros em que consigo ler capítulos inteiros. uns equilibram os outros.
o desafio de janeiro era escolher um livro escrito por uma mulher. quis começar o ano de forma descontraída e escolhi uma autora de que já tinha ouvido falar bastante, Maria Semple. pouco depois de o começar, rapidamente percebi que não era o género de livro que fosse adorar, mas não ia fechá-lo a meio. a história é bastante simples: Eleanor é casada, tem um filho e uma vida banal, igual a tantas de nós, sempre atarefada e perdida nas rotinas diárias. e um dia decide que Hoje Vai Ser Diferente. só não sabe, quando sai de casa de manhã, o quão diferente se tornará... e imprevisível. a sua relação difícil com uma irmã que esconde do filho, as férias desconhecidas do marido, os encontros casuais com ex-colegas de trabalho, enfim, uma série de peripécias que não podia prever. há muito humor no meio da quase-tragédia em que se torna a vida desta mulher, mas é um daqueles livros que, chegada a última página, não me ensinou nada. ou seja, cumpriu o objetivo de me entreter, de me iniciar no desafio da Rita, mas foi só. e eu, confesso, no que diz respeito aos livros [e às viagens, mas isso é outro assunto] sou apologista de retirar e de aprender sempre alguma coisa.

Comentários

Annie disse…
Que bela ideia!Sem saber desse desafio comecei a ler um livro de uma autora.Deixo aqui a minha sugestão:
"Americanah" de Chimamanda Ngozi Abdiche

É uma história de amor,que trata a imigração, o preconceito racial e a desigualdade de gênero.

Estou a gostar muito.

Joana disse…
foi o livro que a Rita leu. :) obrigada pela sugestão... e pelo comentário.