You

quando começou a ser buzz nas redes, eu ia apenas no segundo ou terceiro episódio. estava ali naquele limbo entre achar que era uma série teen (nada contra, gosto de tantas) e um thriller bem escrito. inclinei-me para a primeira. só não desisti a meio porque, tendo apenas dez episódios, tive curiosidade em ver onde é que aquilo ia parar. e eis que, ao sétimo episódio, a história toma um rumo inesperado e fiquei agarrada até ao fim. quer dizer, ao fim da primeira temporada, que isto agora é ficar a roer as unhas à espera de saber o que aí vem na segunda.
não muda a vida de ninguém, mas entretém. e não é esse o principal objetivo das séries? cumpre. tem a historieta de amor de que tanto gostamos e um anti-herói que nos faz suspirar em muitos momentos e que pede uma grande capacidade de concentração para nos focarmos no facto de ele ser um psicopata manipulador e nos abstrairmos do seu lado dócil, atencioso e carinhoso. foram várias as vezes em que dei comigo a pensar na quantidade de pessoas que passam pela nossa vida e que podem ter este lado absolutamente desconhecido e assustador. sem ser pretensioso, faz também - ou sugere-nos que façamos - uma reflexão sobre a importância exacerbada que damos às redes sociais e como elas podem - e são! - tão enganadoras. tirando esse lado mais sério, que podemos até não relevar, é ficção bem feita e que merece 45 minutos para desligar o botão ao final de um dia de trabalho e mergulhar num episódio. ou, se preferirem, fazer um binge watching ao domingo.


IMDb

Comentários