Coisa Mais Linda

este fim de semana, deu para quase tudo: ouvir uns quantos podcasts, avançar mais um pouco na leitura, ver o espetáculo Trevor Noah: Afraid of the Dark e fazer binge watching da série brasileira Coisa Mais Linda. à partida, era uma daquelas séries para irem ficando esquecidas na lista, à espera de um daqueles dias em que só apetece desligar o cérebro e ver uma coisa levezinha. pois engane-se quem, como eu, poderia pensar que Coisa Mais Linda é só mais uma série sem história. Brasil no final da década de 50. as mulheres submissas, sem carreira, educadas para serem esposas e servirem os seus maridos, sujeitam-se a tudo para os ver felizes. mas não Maria Luiza: no dia em que descobre que o marido fugiu, Malu decide erguer sozinha o projeto dos dois, de terem um restaurante com música ao vivo. sem que nada o fizesse esperar, convida Adélia para sua sócia, uma mulher negra, que ganha a vida como empregada doméstica e que vem de um mundo absolutamente distante do seu. depois há as amigas: Lígia, que abdicou do sonho de ser cantora para ser mulher de um político; Thereza, uma mulher que batalha diariamente numa redação, como jornalista, para ter as mesmas oportunidades e a mesma voz que os homens... e que tem aparentemente um casamento feliz, mas que esconde segredos. os homens da série surgem quase como pano de fundo para completar a vida destas quatro mulheres, embora o seu papel seja essencial para as situar na sociedade e mostrar o quanto a luta pelos direitos das mulheres foi importante. são sete episódios, que vi de seguida e que adorei. acrescentar apenas que não sou feminista (eu sei, é polémico), o que me torna totalmente insuspeita. vejam, vale bem a pena. na Netflix.

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