fui num dia e voltei no outro

foi a primeira vez que vi uma série em menos de 24h. gosto muito do binge-watching em teoria, mas a (minha) prática é acabar sempre a dormir. por muito boa que seja a série, os finais de dia no sofá terminam sempre da mesma maneira. esta tinha estreado há uns dias, na Netflix, quando um amigo me disse tens de ver, isto é a tua cara, vais adorar. ora, viagens e comida são duas minhas coisas (mais) favoritas na vida, portanto não havia como grande margem para erro. eu não contava é que fosse ficar tão encantada - e por tantas razões - que a visse sem parar. antes de mais, esclarecer que eu nunca fui à Ásia, por isso é fácil render-me: é todo um mundo para descobrir. ou melhor, vários. nove, para ser mais exata, que é o número de episódios desta primeira temporada. a comida de rua é apenas o pretexto para contar histórias de pessoas que encontraram aqui a forma de se sustentar, sustentar as suas famílias, até sobreviver. mais: dá-nos uma visão de como a cultural oriental é tão diferente da nossa, não só no que diz respeito à escolha de uma profissão, que colocam acima de tudo, mas também em relação à educação, ao respeito que os filhos têm pelos pais, à resiliência com que encaram a vida, olhando para o trabalho como uma bênção e não como um constrangimento, como a maioria da civilização ocidental. a realização é magnífica, a forma como todos os episódios foram construídos, a coerência da imagem e da fotografia, sempre acompanhadas de uma banda sonora irrepreensível, que ajuda, e muito, a dar o tom certo às histórias. é, perdoem-me o cliché, uma verdadeira viagem sem sair do sofá. eu fiz nove de seguida e adorei.

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