posso ou não ter soltado uma lágrima

já aqui tinha falado da minha paixão por esta banda. andava há semanas ansiosa pelo concerto, a (des)contar os dias. na terça feira, como faço habitualmente, cheguei ao trabalho e abri a agenda: concerto de Novo Amor. gelei. não só me tinha esquecido completamente, como o bilhete tinha ficado em casa. mais, tinha marcado um jantar para esse dia! a única explicação plausível que encontrei foi o universo estar a querer mandar-me um recado qualquer de que, por alguma razão, eu não tinha de ver esta banda ao vivo. ou isso ou cansaço, vá. caramba, segunda vez em risco. mas, como gosto de desafiar o universo, desmarquei o jantar e fui a casa à hora do almoço buscar o bilhete (foram 50 km extra no meu dia).
à noite, chovia, mas nada mais me impediria de ouvir todas as minhas músicas de conforto. a sala estava cheia, o que me surpreendeu, porque achei que o projeto não era muito conhecido. a acústica do Lisboa ao Vivo não é a melhor, mas não faria qualquer diferença se fosse, porque a razão que me levou lá era acima de tudo sentimental. eles até podiam desafinar, fazer o pino, o que quisessem... que eu ia adorar cada minuto. e adorei mesmo. aquela hora e meia podia bem ter-se estendido, que eu continuaria sem dar pelo tempo a passar. foi bom, tão bom. como são todas as coisas que, de uma forma ou outra, nos tocam diretamente ao coração.


Comentários

Dulce Pedroso disse…
Muito bonito. A voz e a parte instrumental de facto tocam cá dentro. Faz-me lembrar o Bon Iver. Ao vivo deve ser maravilhoso!
Vou ouvir o resto.Obrigada pela partilha:)

p.s. Foste ao último concerto de DMB? Se sim o que é que achaste?
Joana disse…
fui, sim, Dulce. :) já os vi várias vezes ao vivo e esta foi a que menos gostei. eu sei que eles têm de promover o disco novo, mas senti falta das músicas antigas. além de ir à espera de um espetáculo de 4h e ter durado "apenas" 2h30. :D mas DMB é sempre DMB, é sempre bom!
Dulce Pedroso disse…
Também senti o mesmo. Apesar deles serem músicos excepcionais, senti-os cansados (à execpção do Dave), senti muito muito a falta do Boyd, apesar do Buddy ser um bom músico o violino faz muita falta à sonoridade da banda. Também fiquei surpreendida por o concerto "só" durar 2h30m mas soube depois que o Carter estava doente.
Mas sim, DMB é sempre bom :)